“Cuidado, essa doença pega!”. Certamente você já ouviu essafrase lhe advertindo quanto aos perigos de uma doença qualquer. É comum adivulgação de campanhas de orientação e advertência quanto aos perigos dedoenças como a “dengue”. Afinal, essa doença vem tomando as proporções de umaepidemia, mobilizando as autoridades e o povo em geral numa tremenda guerrapara acabar com essa doença que, se não for tratada a tempo pode levar à morte.
Também, já há mais tempo estamos acompanhando as notícias ecampanhas de outra terrível doença que vem matando milhares de pessoas ao redordo mundo: “AIDS” – a sigla inglesa da Síndrome da Deficiência ImunológicaAdquirida.
Milhões de dólares têm sido gastos em campanhas deconscientização, sem contar outros, quem sabe, bilhões em pesquisas na busca deuma vacina contra essa cruel e assassina doença.
Na maioria dos casos, é uma doença sexualmentetransmissível. Daí as campanhas que recomendam o uso de preservativos e tambéma escolha criteriosa de companheiros.
Infidelidade, essa doença pega!
Coincidentemente, um pouco antes de começar este texto, vipela televisão uma campanha neste sentido, porém, diferente e profundamentesignificativa, porque estimula a fidelidade conjugal.
No geral, o ensino das igrejas tendem para a monogamia, ouseja, o casamento com apenas uma pessoa, exigindo a fidelidade mútua “até que amorte os separe”. Este sempre foi o plano de Deus para o casamento e tambémpara a vida sexual. E se o mesmo sempre fosse obedecido à risca, com certeza,os males deste mundo seriam em proporção quase infinitamente menor. Mas,estamos cansados de saber, não é esse o caso e hoje o mundo sofre asconseqüências do desrespeito às orientações divinas para a nossa felicidade.
Estamos vivendo numa época em que o “vírus da infidelidade”está atacando milhões de pessoas ao redor do mundo, consumindo sua saúdefísica, moral e social. Por isso, “cuidado, essa doença pega!”.
Adultério, apenas um sintoma
A infidelidade como doença, é insidiosa e traiçoeira. Daí,estamos prevenidos contra o seu ataque sorrateiro e sutil. E quando estamosfalando de infidelidade, não estamos aqui nos referindo única e exclusivamenteao adultério.
O adultério, quando consumado, normalmente cria uma série desituações impróprias e desagradáveis. Machuca, provocando dor e sofrimento.Separa o que Deus uniu, gerando um clima de vergonha e discriminação. Enfim,ninguém aprecia e deseja ser uma vítima de um caso de adultério por parte deseu cônjuge.
Mas o adultério não é o problema em si. O adultério é apenasum sintoma. É conseqüência e não a causa. É como a febre que nos avisa de umproblema maior, uma inflamação ou infecção, que se não for devidamente tratadapoderá causar danos maiores à nossa saúde.
O adultério, embora tardiamente, está apenas indicando aexistência de outros problemas maiores no relacionamento conjugal que, porserem ignorados ou mesmo desconsiderados e, muitos menos, tratados.Infelizmente, pois acaba estimulando “casos fora de casa”.
Estamos falando da infidelidade conjugal, doença que está“pegando” muita gente boa, razão pela qual estamos aqui “levantando bandeiras”numa campanha que visa a proteção e cuidado contra os males que geram tanta dore sofrimento.
Conscientização, o caminho para a imunização
Se você não quer correr o risco de infecção da traiçoeira edevastadora infidelidade conjugal é bom rever alguns conceitos de saúdeconjugal e então tratar de seguir à risca as orientações que podem conservarseus sonhos de felicidade junto ao seu cônjuge e também sua família. Tal comovocê faria para evitar uma doença qualquer.
É importante lembrar que a “doença” ataca homens e mulheresindistintamente. Estudos e pesquisas indicam que os homens sempre foram os maisatingidos, mas a bem da verdade, é bom salientar que a partir do início da tãodivulgada “revolução feminista”, as mulheres vêm sendo atingidas de forma maisintensa e já se aproximando da marca masculina de cerca de 66%, segundo orelatório de Shere Hite, sexóloga norte-americana.
Diante disso, é importante que homens e mulheres reconheçama sua fragilidade e vulnerabilidade. Melhor ainda, estejam atentos para nãoserem atacados pelo “vírus” da infidelidade. Aliás, se alguém acha que não seráatingido por essa terrível doença, aí é que se encontra realmente desprotegido,correndo maior risco de contaminação.
Como e quando se instala a infidelidade
Quando num casamento um dos cônjuges está mantendo um “caso”extra-conjugal , a situação se torna crítica. O outro normalmente se considerae é considerado como a “vítima”, e o primeiro é acusado e tido como o “vilão”e, portanto, digno de condenação.
Na verdade não há justificativa para o adultério. Mas há umaexplicação para o ato de infidelidade que, em grande número de casos, começou a“infidelidade” de um, ou de ambos, no que diz respeito ao seu relacionamentoafetivo no dia-a-dia.
Assim, a infidelidade se instala no cotidiano no cotidianoda vida conjugal. em virtude da rotina que vai se tornado cada vez mais comum,um ou outro, ou ambos, deixam de praticar os atos de amor e carinho, tãodesejados e procurados nos tempos de namoro e noivado. Quando isso ocorre, a“infidelidade afetiva” está instalada.
Ato contínuo, preocupados com as exigentes responsabilidadesda vida, os cônjuges vão se afastando de forma imperceptível e com isso odiálogo alegre e descontraído vai cedendo lugar às discussões e desencontroscada vez mais acalorados.
A recreação e lazer vão sendo adiados, cancelados e, já nãoencontram mais tempo para os momentos de confidências e juras de amor. Osolhares cheios de ternura já não se cruzam mais. Sexo, pode até acontecer, masé mecânico, frio e formal. Por isso, com a ausência de romance e amor, vai setornando cada vez mais aborrecido e cansativo, criando mesmo uma aversão mútuageneralizada. Estressados, os cônjuges vão se afundando cada vez num poço deinsatisfação.
Em tais condições que envolvem as emoções e também aespiritualidade, as portas da “infidelidade mental” vão se abrindo vagarosa esorrateiramente, permitindo a entrada de pensamentos que levam à comparações edesejos ocultos que, geralmente, provoca maior afastamento do cônjuge.
Assim, a “infidelidade mental” acontece em função de umaporção de fatores que, associados, levam a pessoa a se demorar em olharescobiçosos para o sexo oposto, o que, segundo as palavras de Jesus em Mateus5:28, “já cometeu adultério”.
A infidelidade, como processo, chegou a tal ponto no qualresta apenas a pessoa, pois à essa altura, havendo um(a) parceiro(a), oportunidade e lugar não serãoproblemas e, estes resolvidos, a “infidelidade carnal” ou adultériopropriamente dito, será então consumado.
Vacina anti-infidelidade
Queiramos ou não, a realidade é; se nos casamos, estamossujeitos a essa doença que age à semelhança de uma implosão, fazendo ruir sobreos próprios alicerces, os mais lindos sonhos de amor e felicidade.
O assunto, na verdade é bem mais complexo, uma vez que cadacaso tem suas próprias características. No entanto, se você puder diagnosticaralguns sintomas dessa doença em seu relacionamento, recomendo com urgência queprocure imunizar-se usando a vacina anti-infidelidade que requer doses diáriasde muito amor, carinho e atenção.
Mas tem um detalhe: você não pode exigir essas doses diáriasde seu cônjuge. Você precisa ser um doador de carinho e atenção. Pode atéesperar, mas não exigir, porque segundo o princípio bíblico “é dando que serecebe”. Dê muito amor , carinho e atenção. Você vai experimentar a espetacularsensação de um verdadeiro “caso de amor dentro de casa” com o seu cônjuge.




